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Porto de Piedade

sexta-feira, 5 de setembro de 2014


Esta página é formada por pessoas apaixonadas pelo Brasil. E como todos nós trabalhamos com publicidade e comunicação, temos um olhar crítico sobre a mídia brasileira. Sabemos quem eles são. E a quem eles servem.


Por amar o Brasil, não podemos deixar de reconhecer o quanto o país avançou nos últimos anos. Foram dezenas de milhões de pessoas que passaram a ter oportunidades na vida. Não vivemos um processo de construção do socialismo ou do estatismo, como esperneiam os mais reacionários, os que tem sua capacidade de raciocínio lamentavelmente solapada pelo bombardeio da grande mídia. Vivemos sim o maior processo de inclusão social de nossa história, coisa que é negada pela sistemática de ataques políticos de uma imprensa que tem lado e interesses a defender, interesses estes diametralmente opostos aos do povo brasileiro.

Diante de uma brutal crise econômica em todo o mundo, o Brasil a ultrapassa sem sobressaltos. E realmente se protege da crise o que mais importa, que não são os lucros do mercado, mas sim o emprego e a renda dos trabalhadores brasileiros, as políticas sociais inclusivas e as obras de infraestrutura que preparam o futuro do país. 

Os ataques que são feitos são absurdos. Falam em uma "volta" da inflação que é declinante ano a ano. Todos os anos se fala de um risco de racionamento que nunca existiu. Procura-se disfarçar os índices de emprego elevados que temos falando de uma queda na procura por mais empregos (claro, menos gente desempregada, menos gente procura emprego). Usa-se como parâmetro para medir o humor da economia a sede de lucros da Bolsa de Valores, os desejos do mercado e não o bem estar de nosso povo. O próprio Banco Mundial fala de uma redução da pobreza em mais de 75% e a mídia só fala em crise! Que crise é essa, ora bolas!! É uma aposta numa espécie de amnésia coletiva o que a mídia faz hoje.

Essa atitude da mídia brasileira é péssima para o real debate que é necessário sobre o futuro do país. Falamos isso porque diante de um ataque tão constante, falso e virulento, sobra ao condomínio que está no poder uma defesa cega da situação atual. Os petistas se tornam Fukuyamas às avessas, apregoando o fim da história, como se estivéssemos no auge do desenvolvimento. E este governo cometeu erros brutais que precisam ser corrigidos num próximo período. Porque mesmo tendo avanços e melhoras na vida de nosso povo, ainda somos um país com problemas seculares a serem resolvidos, temos imensa concentração de renda e os milhões que ascenderam socialmente não viraram classe média coisa nenhuma, são apenas menos pobres do que antes.

É inaceitável não ter tido uma reforma da mídia - a mais antidemocrática do mundo (a mídia brasileira é tão concentrada quanto a da Coreia do Norte!) quando o governo tinha mais força parlamentar. Nada justifica a inexistência de uma reforma política e/ou tributária após 12 anos de governo. Nada justifica a manutenção do fator previdenciário, para falar dos direitos de nossos aposentados. É inaceitável que a questão da segurança não tenha tido um enfrentamento do governo federal, apostando na ressocialização dos presos. A onda psicopata por punições retroalimenta o crime e gera absurdos 55 mil assassinatos por ano, isso porque 70% das pessoas que pagam pena reincidem no crime, tornando as prisões faculdades da violência.

Além disso, é lenta a redução da dívida pública - mesmo tendo sido significativa. É inaceitável que o aumento das taxas de juros seja a única ferramenta de controle da inflação (controla-se a inflação dando dinheiro para os banqueiros).

Queremos dizer que um futuro governo do atual consórcio de poder precisará fazer muito mais do que acomodar os interesses de classes distintas (e acreditamos sim que Dilma é a favorita). Precisaria ter uma nova Carta aos Brasileiros (desta vez aos brasileiros mesmo, a outra foi para os banqueiros). É pela falta de um programa mais avançado que mesmo esse governo sendo uma alternativa mais avançada, aparenta ser "pouca novidade".

Como discordar dos ataques juvenis de uma Luciana Genro ou mesmo de setores de esquerda do PT?

Reparem no crime que comete a grande mídia. Poderíamos estar debatendo em outro patamar, o de avançar nos direitos do povo e não no de manter as conquistas que tivemos.

E é para manter as nossas conquistas que estamos profundamente decepcionados com Marina Silva. A candidata que foi de esquerda um dia, que defendeu os direitos do povo no passado, hoje apresenta um programa mais conservador e neoliberal que os tucanos do PSDB. É por amar o Brasil que jamais deixaremos de combater este programa de miséria, arrocho, fome e retrocesso defendido por ela e seus novos amigos banqueiros. Não temos dúvida no entanto, que ela será derrotada, desossada e desvertebrada, mesmo com a velha direita se agarrando a ela para derrotar o atual governo. Basta tirar esse tatu da toca. Temos um povo sábio.

Mas isso é pouco, muito pouco, queríamos mais desta eleição, diante da grandeza das possibilidades. Mais inclusão, mais direitos, menos preconceitos, mais democracia. É sonhar muito isso?
Fonte: Politica no Face

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